CONTEÚDO:HISTÓRIA DE GUARAPUAVA
OBJETIVO:CONHECER A HISTÓRIA DE GUARAPUAVA NO PERÍODO DE 1882 A 1902.
Alguns Fatos ocorridos nesta época:
Em 1883, a Câmara de Guarapuava proibia a venda de escravos
aqui, que eram no total de 576 pessoas.
O negro teve um papel importante, pois, combateu selvagens,
como guerreiro. Defendeu o Brasil contra os estrangeiros. Garantiu o alimento
do branco e do gado, limpando a terra e plantando o roçado. Deixou heranças
herdadas da África, como costumes, linguagens, mitos, música e dança.
1883 – O telégrafo chegou em Guarapuava. O Jornal dizia que seus
habitantes eram ordeiros, trabalhadores, progressistas e confiantes.
1883 – O Teatro Santo Antônio, testemunha de uma época de cultura
em Guarapuava. Amplo, contava com camarins, cento e vinte assentos em plateias e
oito camarotes. Um deles, era o número 1, era cativo do Visconde de Guarapuava.
Foram seus fundadores: Ernesto Dias Laranjeiras, Francisco de Paula Pletz e
Eugênio Lopes Branco. Foi inaugurado em 25 de Março de 1883.
Teatro Santo Antônio:
RELEITURA TEATRO SANTO ANTÔNIO:
Peças da Época de acordo com a ortografia em 1883:
1888 - José Maria de Brito natural do Estado do Piauí e foi recrutado no
Rio de Janeiro e foi subordinado do Capitão e, posteriormente, General
Belarmino de Mendonça responsável pelo grupo que fundou a Colônia Militar em
Foz do Iguaçu. Ele fez parte do destacamento do Tenente José Joaquim Firmino e,
com outros homens, abriram a primeira picada (estrada) de 60 léguas (354 km ) da cidade de
Guarapuava até a cidade de Foz do Iguaçu. Saíram em expedição em 1888 e só
chegaram ao destino em 1889. Nesta expedição abriram vários caminhos, partindo de
Porto União a Palmas.
Vários foram os cargos ocupados por José Maria de Brito na administração
da Colônia Militar na região: foi almoxarife e auxiliar da Comissão Fundadora
da Colônia, posteriormente foi Chefe dos Toldos de índios Guarapuavanos, espécie
de aldeamento onde se procurava “civilizar” os indígenas. No desenvolvimento
dessa função conheceu sua futura esposa, uma indígena da região, constituindo
família e assim não mais deixou essas terras.
Ainda em 1888 – Pedro de Siqueira Cortes, bandeirante guarapuavano,
desbravador do sertão até Palmas, teve um escravo alagoano, que construiu na Praça
da Matriz, a casa senhoral e secular de seu amo. Nascido em Maceió no norte, Belmiro
Sebastião de Miranda, foi trazido a Guarapuava por sorte, ele não sabia ler,
nem escrever. Mas era esperto, trabalhador e inteligente pra valer. Bom pedreiro e carpinteiro, obteve de seu
senhor, licença de trabalhar para terceiros, nos domingos ou noites de luar. Ajuntando
mais dinheiro, assim, conseguiu comprar sua carta de alforria e a de sua
companheira que era escrava do coronel Zacarias, Ezídia Efigênia, a cozinheira,
com quem se casou um dia. Belmiro de Miranda e Ezídia uniram trabalho e amor,
conseguindo a alforria de mais de 50 irmãos de cor. Belmiro ditava cartas para
alguém que escrevia a José do Patrocínio, o qual sempre o respondia. Chegando a
resposta delas, três vezes atento ele ouvia e tendo-as decorado, nas senzalas
ou nas praças, aos negros transmitia, a esperança da liberdade, que certamente
viria. Afinal chega o recado, do amigo Patrocínio, a notícia telegráfica, a
notícia redentora: 13 de Maio de 1888, assinada a lei libertadora. Festas para
os escravos, Belmiro organizou, presente esteve o Visconde de Guarapuava,
discursos se improvisou, e alegria se explodiu, no coração que os amou. Belmiro
e Euzídia unidos, Fundaram o Hotel Redenção, o melhor de Guarapuava, ao findar
a escravidão.
1889 – Soldados indo para Foz do Iguaçu, Lá naquele fim de mundo , sem
saber que a República, tinha sido proclamada, comemoraram, comemoravam com
vivas, o aniversário de Dom Pedro II. Depois de oito meses abrindo a estrada de
Guarapuava a Foz do Iguaçú, os militares de lá instalaram a Colônia Militar
registraram a presença de 324 habitantes, dos quais 9 eram brasileiros. Em
memória lida, no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o Visconde de
Taunay, declarou que Antônio de Sá Camargo, o Visconde de Guarapuava, honrou o
Brasil inteiro, pois defendeu sua terra, empunhando armas, fundou cidades,
ajudou igrejas, hospitais, escolas, rasgou estradas, libertou escravos,
distribuiu esmolas.
1893 – Impresso com maquinário trazido de Curitiba em lombo de mulas por
Serafim Ribas, surgiu em Guarapuava o primeiro jornal , O Guayra, escrito por
Luiz Daniel Cleve. Em 30 de Dezembro de 1893, traz na Sessão, A Pedido, o
seguinte: “O abaixo assignado, encarregado pelos festeiros, da direção da Festa
da Padroeira que devia realizar-se no dia 2 de fevereiro vindouro, vem declarar
ao respeitável público que, que receiando a falta de concorrência devido ao
estado anormalíssimo em que se acha actualmente o nosso paíz, resolveu depois
de prévio acordo, adiar a festa para melhores tempos. Guarapuava27 de Dezembro
de 1893. Zacharias C.C. do Amaral”. O estado de anormalidade a que se referia o
signatário, era a Revolução Federalista, que enormes transtornos trouxe ao
nosso País, ao nosso Estado e à Guarapuava no ano de 1894.
Alguns exemplares do Jornal:
1894 – Pica-paus e Maragatos, dividiram Guarapuava, formando 2 partidos,
bem rivais de fato. Maragatos em revolucionários, Federalistas, cheios de
raiva, comandados por Juca Tigre e Gumercindo Saraiva. Pica-paus, defendiam o
governo, de Marechal Floriano Peixoto, que venceu a batalha, pois eletrificaram
o trem, que levaria os Maragatos pra São Paulo, assim não embarcou ninguém.
1895 – O Visconde de Taunay, mandou carta ao Coronel Luiz Daniel Cleve,
dizendo este elogio: Só em Guarapuava e Nápoles, respirei como se deve, aroma
do campo, ar puro, perfumado e leve.
1901 – chega a Guarapuava o primeiro carroção. Até então, todo o
transporte se fazia através de cangalhas e bruacas de couro, sobre muares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário