5º ANO A e B
Disciplina: Matemática
Conteúdo: Jogos usando, inteiro, décimos, centésimos e milésimos.
Objetivo: entender as casas decimais e suas nomenclaturas.
Disciplina: História
Conteúdo: cultura afro brasileira.
Objetivo: conhecer aspectos da cultura e sua história como composição do povo brasileiro.
MATEMÁTICA
Leitura dos números decimais
No sistema de numeração decimal, cada algarismo da parte inteira ou decimal ocupa uma posição ou ordem com as seguintes denominações:
Centenas | Dezenas | Unidades |
Partes inteiras |
Décimos | Centésimos | Milésimos | Décimos milésimos | Centésimos milésimos | Milionésimos |
Partes decimais |
Quanto à leitura, lemos a parte inteira seguida da parte decimal, acompanhada das palavras:
décimos: quando houver uma casa decimal;
centésimos: quando houver duas casas decimais;
milésimos: quando houver três casas decimais;
décimos milésimos: quando houver quatro casas decimais;
centésimos milésimos: quando houver cinco casas decimais e, assim sucessivamente.
Exemplos:
1,2: um inteiro e dois décimos;
2,34: dois inteiros e trinta e quatro centésimos
Quando a parte inteira do número decimal é zero, lemos apenas a parte decimal.
Exemplos:
0,1 : um décimo;
0,79 : setenta e nove centésimos
Observação:
1. Existem outras formas de efetuar a leitura de um número decimal. Veja a leitura do número 5,53:
Leitura convencional:
- cinco inteiros e cinquenta e três centésimos;
Outras formas:
- quinhentos e cinquenta e três centésimos;
- cinco inteiros, cinco décimos e três centésimos.
2. Todo número natural pode ser escrito na forma decimal, bastando colocar a vírgula após o último algarismo e acrescentar zero(s). Exemplos:
4 = 4,0 = 4,00 75 = 75,0 = 75,00
ATIVIDADE 1 - DECIMAIS
ATIVIDADE 2 - CALCULE
ATIVIDADE 3 - ORDENE OS DECIMAIS
ATIVIDADE 4 - MULTIPLIQUE OS DECIMAIS
HISTÓRIA
Principais Características
da Cultura Afro-Brasileira
A cultura afro-brasileira remonta
ao período colonial, quando o tráfico transatlântico de escravos forçou milhões
africanos a virem para o Brasil. Assim, foi formada a maior população de origem
africana fora da África.
Esta
cultura está marcada por sua relação com outras referências culturais,
sobretudo indígena e europeia a qual está em constante desenvolvimento no
Brasil.
Características da Cultura Afro-Brasileira
Uma das principais características da cultura afro-brasileira é que não há homogeneidade cultural em todo território nacional.
A origem distinta dos africanos trazidos ao Brasil forçou-os a apropriações e adaptações para que suas práticas e representações culturais sobrevivessem.
Assim, é comum encontrarmos a herança cultural africana representada em novas práticas culturais.
As manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos. Só deixaram de ser perseguidos pela lei na década de 1930, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas.
Assim, elas passaram a ser celebradas e valorizadas, até que, em 2003, é promulgada a lei nº 10.639 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).
Essa lei exigiu que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio tenham em seus currículos o ensino da história e cultura afro-brasileira.
Os dois grupos de maior destaque e influência no Brasil são:
- os Bantos, trazidos de Angola, Congo e Moçambique;
- os Sudaneses, oriundos da África ocidental, Sudão e da Costa da Guiné.
Devemos ressaltar que as regiões mais povoadas com a mão de obra africana foram: Bahia, Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Isso devido à grande quantidade de escravos recebidos (região Nordeste) ou pela migração dos escravos após o término do ciclo da cana-de-açúcar (região Sudeste)
Aspectos da Cultura Afro-Brasileira
De partida, temos de frisar que a cultura afro-brasileira é parte constituinte da memória e da história brasileira e que seus aspectos transbordam as margens desse texto.
Ela compõe os costumes e as tradições: a mitologia, o folclore, a língua (falada e escrita), a culinária, a música, a dança, a religião, enfim, o imaginário cultural brasileiro.
As Festividades Populares
O Carnaval, a maior festa popular brasileira, celebrada no início do ano e mobilizando a nação.
A Festa de São Benedito, principal festa do Congado (expressão da cultura afro-brasileira), comemorada no final de semana após a Páscoa.
E, por fim, a Festa de Yemanjá, realizada no dia 2 de fevereiro.
A Música e a Dança
A influência afro-brasileira está patente em expressões como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, Maculelê, Maracatu. Eles utilizam instrumentos variados, com destaque para Afoxé, Atabaque, Berimbau e Tambor.
Não podemos perder de vista que estas expressões musicais são também corporais. Elas refletem nas formas de dançar, como no caso do Maculelê, uma dança folclórica brasileira, e do samba de roda, uma variação musical do samba.
Temos outras expressões de música e dança como as danças rituais, o tambor de crioula, e os estilos mais contemporâneos, como o samba-reggae e o axé baiano.
Finalmente, merece destaque especial a Capoeira. Ela é uma mistura de dança, música e artes marciais proibida no Brasil durante muitos anos e declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em 2014.
A Culinária
Entretanto, os alimentos mais conhecidos são aqueles da culinária baiana, preparados com azeite dendê e pimentas.
Destacam-se Abará, Vatapá e o Acarajé, bem como o Quibebe nordestino, preparado com carne-de-sol ou charque; além dos doces de pamonha e cocada
E, por fim, o prato brasileiro mais conhecido de todos: a feijoada. Ela foi criada pelos escravos como uma apropriação da feijoada portuguesa e produzida a partir dos restos de carne que os senhores de engenho não consumiam.
A Religião
A religião afro-brasileira se caracterizou pelo sincretismo com o catolicismo, donde unia aspectos do cristianismo às suas tradições religiosas.
Isso ocorreu para que eles pudessem realizar as práticas religiosas africanas secretamente (associação de santos com orixás), uma vez que a conversão era apenas aparente.
Assim, nasceram do sincretismo Batuque, Xambá, Macumba e Umbanda, enquanto se preservaram algumas variações africanas da Quimbanda, Cabula e o Candomblé.
Organização política
Os povos africanos podem ser nômades e vagarem pelo deserto ou se fixarem em território para construir grandes impérios.
Também podem ser formados por pequenas tribos ou grandes reinos, onde o chefe político e o sumo sacerdote podem ser a mesma pessoa.
Seja governado por clãs de linhagem ou por classes sociais específicas, estes povos irão constituir grandes patrimônios materiais e imateriais presentes até os dias de hoje.
Estes bens refletem a história e o meio ambiente em que se originaram. Por isso, representam aspectos das florestas tropicais, desertos, montanhas, etc.
Em termos religiosos, vários cultos estão presentes na África, com destaque para o islamismo e cristianismo. Além deles, destacam-se as religiões tradicionais, muitas vezes vistas como prática de magia e a feitiçaria.
Considerados pelos europeus como povos animistas, uma parte dos africanos reverenciam os espíritos das árvores, pedras, dentre outros, e aceitam a coexistência com forças desconhecidas.
Cultura Africana
A arqueologia aponta a África como o território habitado há mais tempo no planeta. Isso resultou na profusão de idiomas com mais de mil línguas, religiões, regimes políticos, condições materiais de habitação e atividades econômicas.A cultura africana deve ser observada sempre no plural, haja vista sua existência milenar e sua vasta diversidade. Cumpre lembrar que a África não é um país.
Atualmente, o continente africano ocupa um quinto da Terra, com mais de 50 países e quase 1 bilhão de habitantes.
Etnocentrismo, eurocentrismo e culturas africanas
É fato conhecido que a história africana foi escrita e contada pelos colonizadores europeus.
Os viajantes, missionários e dirigentes coloniais foram os responsáveis pelos primeiros relatos acerca da cultura dos povos africanos.
Assim, além de serem capturados para alimentarem a escravidão colonial, estes povos foram usurpados em todos os seus direitos, incluindo o de contar a própria história.
O “Etnocentrismo” e o “Eurocentrismo” nas ciências europeias durante o século XIX são os responsáveis pela concepção das culturas africanas.
Nesse viés, elas são consideradas manifestações primitivas ou bárbaras, típicas dos primeiros estágios da civilização.
Hoje, com as independências dos países africanos, há um esforço de recuperação das tradições culturais africanas, bem como a constituição de uma historiografia local.
Aspectos gerais
As manifestações culturais africanas sofreram uma intensa destruição pelos regimes coloniais, o que leva as nações africanas modernas ao embate com o nacionalismo árabe e ao imperialismo europeu.
Em se tratando de culturas tradicionais, muito se preservou e se difundiu pelo continente africano, especialmente devido aos fluxos migratórios pela África.
Isso permitiu a preservação e a combinação de vários aspectos culturais entre os povos do continente.
Ademais, vale ressaltar também que boa parte destas culturas são baseadas em tradições orais, o que não significa ausência de escrita.
Os povos africanos podem ser nômades e vagarem pelo deserto ou se fixarem em território para construir grandes impérios.
Também podem ser formados por pequenas tribos ou grandes reinos, onde o chefe político e o sumo sacerdote podem ser a mesma pessoa.
Seja governado por clãs de linhagem ou por classes sociais específicas, estes povos irão constituir grandes patrimônios materiais e imateriais presentes até os dias de hoje.
Estes bens refletem a história e o meio ambiente em que se originaram. Por isso, representam aspectos das florestas tropicais, desertos, montanhas, etc.
Em termos religiosos, vários cultos estão presentes na África, com destaque para o islamismo e cristianismo. Além deles, destacam-se as religiões tradicionais, muitas vezes vistas como prática de magia e a feitiçaria.
Considerados pelos europeus como povos animistas, uma parte dos africanos reverenciam os espíritos das árvores, pedras, dentre outros, e aceitam a coexistência com forças desconhecidas.
Cada povo africano tem suas origens mitológicas para explicar suas origens. Estas religiões tradicionais possuem, via de regra, um panteão e estão voltadas ao culto dos antepassados e das divindades da natureza.
A forma mais conhecida destas religiões envolve o culto aos Orixás (divindades de origem Ioruba ou Nagô) e englobam uma ampla variedade de crenças e ritos.
Por outro lado, a vida material e espiritual nas religiões africanas, tendem a indistinção entre o sagrado e o profano. Estas dimensões são concebidas como indissociáveis e inseparáveis.
Artes plásticas
Devemos considerar que grande parte da produção artística tradicional africana era feita para não ser vista e o material utilizado em sua confecção possuía um valor simbólico muito grande.
Estas peças podem ser esculpidas, fundidas, pintadas, trançadas, tecidas e utilizadas como adornos corporais, trajes e itens de uso sagrado ou cotidiano.
Geralmente, os produtos artísticos africanos representam os antepassados fundadores e apresentam figuras geométricas, antropomórfica, zoomórficas ou antropo-zoomórficas que ensinam a humanidade a produzir e se reproduzir.
Por sua vez, as famosas máscaras africanas possuem desenhos elaborados e são utilizadas em cerimônias e rituais.
O renomado artista Pablo Picasso (1881-1973) se inspirou grandemente nestas máscaras, bem como na iconografia africana, para criar um estilo artístico conhecido como cubismo.
A metalurgia era conhecida e utilizada para fabricar armas, ferramentas e adornos, sendo mais comum nas regiões de savana. Outro tipo muito típico de produção artística africana são as esculturas em marfim (povos Ioruba e Bakongo).
Também são muito conhecidas as danças e músicas tradicionais africanas, marcadas pelos batuques e movimentos corporais bem acentuados, como o rebolado.
Por fim, destaca-se a culinária africana, temperada com condimentos de aromas fortes e picantes, com os quais se preparam pratos a base de carnes, legumes, verduras, e até insetos.
É típico da África o leite de coco, o óleo de palmeira, o inhame e o feijão, etc.
Principais povos e culturas da África
A principal civilização africana foi sem dúvida a egípcia, que construiu o primeiro império africano há mais de 5 mil anos.
As cerâmicas de Nok (Nigéria) apontam para uma civilização muito desenvolvida que viveu do século V a.C. ao século II d.C.
Mais adiante, no século XIII, surge o poderoso Reino do Kongo. Outros povos, como os Berberes (nômades do deserto do Saara) e os Bantos (região da Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões) também constituíram grandes grupos populacionais na África.
Por fim, os africanos começaram a ser colonizados pelos europeus a partir do século XV. Ao atingir o século XIX, já estavam totalmente sob domínio das metrópoles europeias até a segunda metade do século XX.
Culturas africanas no Brasil
As culturas africanas tiveram grande influência na formação cultural brasileira e a diversidade de origem dos africanos escravizados no Brasil reflete diretamente a variedade de povos existentes na África.
A maior parte destas populações era de origem Bantos, Nagôs e Jejes, Hauçás e Malês.
Muitos são os aspectos culturais que sofreram influência africana no país, entretanto, podemos destacar:
- o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás, da qual surge a umbanda;
- a capoeira, uma dança-luta praticada pelos antigos escravos criada no Brasil;
- a culinária, com vários temperos e pratos típicos, como o vatapá, o caruru e o acarajé.
Na área musical, os ritmos africanos estão em quase todos os estilos brasileiros: maxixe, samba, choro, bossa-nova. Na dança, o samba é a expressão maior da cultura afro descendente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário